Comentários:W.D´Tosta
A comitiva
brasileira chegou da Guatemala, depois de uma semana de competição,
recheada de altas montanhas, de muita emoção e, da presença de
muito público.Um evento que poderemos escrever em três capítulos:
desportivo, organizativo e social.
No
plano desportivo a supremacia evidenciada pelos ciclistas colombianos
da EPM foi notório, para o que muito contribuiu, também, o fato da
grande maioria das etapas se disputar em altitudes superiores a 2000
metros, situação em que os colombianos estão por demais
habituados. Oliveiro Rincon foi um digno vencedor, muito acima dos
restantes ciclistas, e com uma facilidade em todos os tipos de
terreno por demais evidente.
As restantes formações estiveram ao nível da
equipa portuguesa, muito embora a equipa brasileira da Funvic,
líder do Campeonato sulamericano da UCI, demonstre uma capacidade
superior à apresentada na volta.
Na
Guatemala,como no Brasil existem alguns ciclistas capazes de
brilhar no ciclismo europeu de média competição,
integrados em equipas continentais, de forma a poderem exprimir as
suas capacidades. Com um calendário de provas muito limitado, os
ciclistas brasileiros assim como os guatemalenses têm
dificuldades de mostrarem as suas capacidades Alder
Torres, Manuel Rodas, Júlio Padilla serão alguns dos jovens
capazes de integrarem o circuito internacional, mas para isso
terão qe integrarem equipes de nível europeu.
A equipa do Bessa teve, ao longo da prova, uma
participação que veio mostrar,já no final, como positiva. Na
verdade, eram grandes as expetativas pela participação de uma
equipa europeia, quer pela imprensa local, quer pelo própria
organização.
Algumas
dificuldades esparavam os ciclistas de outros paises.
Adiantamentos de embarque e viagens muito conturbadas e longa.A
falta de adaptação.
As classificações são efetuadas por europeus, a
Edosof é uma empresa reconhecida na matéria, as comunicações
são excelentes, mas o que torna a Vuelta a Guatemala atrativa é
a animação nos finais de etapa, e a participação do público,
não só nas partidas e chegadas como ao longo de todo o percurso.
A
Vuelta a Guatemala pode-se considerar uma verdadeira festa
nacional, com os locais de partida e chegada lotados para receber
o pelotão. Durante o percurso, para além dos confetis e pétalas
de flores, estridentes foguetes aguardam a passagem do
pelotão,todos os dias.
A nível de acompanhamento médico é excelente, dois
médicos acompanham a prova e prestam apoio nos finais de etapa
aos ciclistas que dele necessitem.
Um
pormenor em que existem algumas deficiências está na segurança
dos ciclistas em prova. Não por falta de polícia, mas primeiro
pela sua falta de autoridade,comun até nas provas no Brasil,
segundo pelo seu desconhecimento na forma de policiamento da
prova.
Tal
como em muitas provas sulamericanas, os ciclistas eram
transportados para a partida por autobuses, chamados “ arrestros
“, e do final das etapas para os hóteis, o mesmo funcionando
com as bicicletas transportadas diariamente por um caminhão. Um
outro caminhão assegurava o transporte das bagagens.
Os
carros de apoio para as equipes eram fornecidos com uma grade de
grande qualidade, onde era possível transportar bicicletas e
rodas reserva para a corrida.A prova
era acompanhada por três carros de apoio neutro e outras tantas
motos, equipadas especificamente para prestarem apoio liquido aos
ciclistas.
ÁREA SOCIAL
A
Guatemala é um país acolhedor, pela sua gente, pelo seu clima e
pela relativa facilidade com que se pode passear sem grandes
problemas.
Ao
longo da prova foi possível verificar a forma acolhedora, com
participação ativa das entidades locais. Normalmente, no final
de cada etapa era servido um almoço a toda a caravana, onde se
seguiam discursos de boas vindas .
Deu para ver a enorme popularidade das diversas
emissoras de rádio que faziam a cobertura integral da etapa, com
o publico ostentando placar de agradecimento e incentivo ás
rádios, com particular destaque para a Rádio Sonora e Emissoras
Unidas.
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