sexta-feira, 25 de maio de 2012

Vuelta a Guatemala:



Comentários:W.D´Tosta
A comitiva brasileira chegou da Guatemala, depois de uma semana de competição, recheada de altas montanhas, de muita emoção e, da presença de muito público.Um evento que poderemos escrever em três capítulos: desportivo, organizativo e social.
No plano desportivo a supremacia evidenciada pelos ciclistas colombianos da EPM foi notório, para o que muito contribuiu, também, o fato da grande maioria das etapas se disputar em altitudes superiores a 2000 metros, situação em que os colombianos estão por demais habituados. Oliveiro Rincon foi um digno vencedor, muito acima dos restantes ciclistas, e com uma facilidade em todos os tipos de terreno por demais evidente.
Oliveiro Fincon, vencedor incontestavel da prova.


As restantes formações estiveram ao nível da equipa portuguesa, muito embora a equipa brasileira da Funvic, líder do Campeonato sulamericano da UCI, demonstre uma capacidade superior à apresentada na volta.
Na Guatemala,como no Brasil existem alguns ciclistas capazes de brilhar no ciclismo europeu de média competição, integrados em equipas continentais, de forma a poderem exprimir as suas capacidades. Com um calendário de provas muito limitado, os ciclistas brasileiros assim como os guatemalenses têm dificuldades de mostrarem as suas capacidades Alder Torres, Manuel Rodas, Júlio Padilla serão alguns dos jovens capazes de integrarem o circuito internacional, mas para isso terão qe integrarem equipes de nível europeu.
Alder Torres, o melhor ciclista guatemalteco
A equipa do Bessa teve, ao longo da prova, uma participação que veio mostrar,já no final, como positiva. Na verdade, eram grandes as expetativas pela participação de uma equipa europeia, quer pela imprensa local, quer pelo própria organização.
Algumas dificuldades esparavam os ciclistas de outros paises. Adiantamentos de embarque e viagens muito conturbadas e longa.A falta de adaptação.
As classificações são efetuadas por europeus, a Edosof é uma empresa reconhecida na matéria, as comunicações são excelentes, mas o que torna a Vuelta a Guatemala atrativa é a animação nos finais de etapa, e a participação do público, não só nas partidas e chegadas como ao longo de todo o percurso.
A Vuelta a Guatemala pode-se considerar uma verdadeira festa nacional, com os locais de partida e chegada lotados para receber o pelotão. Durante o percurso, para além dos confetis e pétalas de flores, estridentes foguetes aguardam a passagem do pelotão,todos os dias.
Os pódios surpreenderam pela sua animação e colorido.
A nível de acompanhamento médico é excelente, dois médicos acompanham a prova e prestam apoio nos finais de etapa aos ciclistas que dele necessitem.
Um pormenor em que existem algumas deficiências está na segurança dos ciclistas em prova. Não por falta de polícia, mas primeiro pela sua falta de autoridade,comun até nas provas no Brasil, segundo pelo seu desconhecimento na forma de policiamento da prova.
Tal como em muitas provas sulamericanas, os ciclistas eram transportados para a partida por autobuses, chamados “ arrestros “, e do final das etapas para os hóteis, o mesmo funcionando com as bicicletas transportadas diariamente por um caminhão. Um outro caminhão assegurava o transporte das bagagens.
Os carros de apoio para as equipes eram fornecidos com uma grade de grande qualidade, onde era possível transportar bicicletas e rodas reserva para a corrida.A prova era acompanhada por três carros de apoio neutro e outras tantas motos, equipadas especificamente para prestarem apoio liquido aos ciclistas.


ÁREA SOCIAL

A Guatemala é um país acolhedor, pela sua gente, pelo seu clima e pela relativa facilidade com que se pode passear sem grandes problemas.
Ao longo da prova foi possível verificar a forma acolhedora, com participação ativa das entidades locais. Normalmente, no final de cada etapa era servido um almoço a toda a caravana, onde se seguiam discursos de boas vindas .
Deu para ver a enorme popularidade das diversas emissoras de rádio que faziam a cobertura integral da etapa, com o publico ostentando placar de agradecimento e incentivo ás rádios, com particular destaque para a Rádio Sonora e Emissoras Unidas.
Em nenhum momento da prova, o apoio do Comité organizador foi descurado, prestando todo o apoio às equipas estrangeiras, fato que nem sempre acontece em outras organizações.
Fonte : José Santos

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